terça-feira, 25 de outubro de 2011


O problema já não é de hoje, mas com a popularização da tecnologia e da musica digital a cada dia dj’s profissionais se vêem tendo que lidar com situações em que acabam perdendo espaço pra dj’s vagabundos que vem prostituindo a cena e nivelando o mercado por baixo.

Dj’s novatos e ate antigos, mas sem nenhum comprometimento com o caráter profissional que regula e impulsiona uma cena em direção ao crescimento, vem cometendo ações que desvalorizam as apresentações dos demais dj’s, desestabilizando todo um movimento por visarem somente obter um status de DJ.Toda a cena PERDE com isso.O publico recebe um som de baixa qualidade, que não é selecionado pelo dj e sim sugado livremente pela internet. Esse tipo de dj não quer criar uma identidade apenas repetir as mesmas já iconizadas. Alem da maioria não ter domínio técnico nem estrutural seja da musica reproduzida ou de tecnologias utilizada pra sua reprodução e performance.O produtor que contrata esse tipo de dj, pois o dj que começa a se prostituir entra em um ciclo vicioso em busca de alcançar reconhecimento e obter retorno financeiro, que nunca é atingido pois um dj prostituído fica TAXADO como tal. Essa ação imoral não alimenta a cena, não desenvolve artistas locais de qualidade e estaguina o mercado.O dj que tão cedo conseguira (se conseguir) construir um caráter profissional de valor e reconhecimento. Dj profissional de qualidade não é aquele que esta em todos os eventos e sim aquele que seleciona e é selecionado. Se prostituir por R$ 50.00 + gasolina, só faz com que o dj seja indicado pra outro evento por funcionar dessa forma. A partir do momento que ele visa estabelecer um valor e condições condizentes com a realidade da profissão ele passa a ser descartado e pra voltar à ativa cai novamente no ciclo de prostituição.É RIDICO. É IMORAL essa situação.O mesmo acontece inversamente porem o resultado não é de todo prejudicial.Djs profissionais que já atingiram o reconhecimento e cobram demasiadamente caro, fazem aumentar os custos da vida noturna, porem os resultados não passam daí. Já o dj que não se valoriza profissionalmente quebra um fluxo de sustentabilidade. Não há investimento em equipamentos mais modernos, ou que traga mais dinâmica e enriquecimento a apresentação do dj nem em sua qualidade de áudio.Ta certo que dj quando esta começando tem que tocar, porem dj em inicio de carreira também tem que estar preparado. Antes de tudo, investir em equipamentos, musica e muito, muito estudo e dedicação em horas a fio de treinos e experimentações. Gosto musical é importantíssimo mais uma juice box bem programada pode ter mais gosto musical do que o melhor top dj da atualidade.O Brasil tem na cultura da noite a mania de buscar uma classificação para um dj ser considerado de QUALIDADE, avaliando se o cara faz mixagens imperceptíveis com cortes suave, rápidos ou se utiliza muitos brinquedinhos tecnológicos pra bombar a pista. Dj de qualidade não tem haver com “Show Man” e sim apresentar a sensibilidade de tocar a pista, seja usando fitas k7 ou o mais moderno equipamento. Porem toda via a qualidade deve vir acompanhada do profissionalismo. Vale se preparar e cobrar o justo por essa preparação que resultara em ganhos pra toda cena.Tenha na cabeça que Underground não é tocar por amor somente, é amar todo o meio em que se escolhe trabalhar, viver e querer que isso se mantenha e evolua. Não estou propondo uma massificação do pensamento comercial. Estou propondo um alerta e não sou o primeiro a colocar essa questão

.Texto: Roosevelt Soares

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