quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MUSIC






Chuckie & Promise Land feat. Amanda Wilson – Breaking Up (Original Club Mix)[Zippy]
Ad Brown – Siquijor (Original Mix)[Zippy]
Alex C – Love In The Morning (My Sex.O.S.) (Club Mix)[Zippy]
Alex C – Love In The Morning (My Sex.O.S.) (Jerome Remix)[Zippy]
Alex C – Love In The Morning (My Sex.O.S.) (Remady Remix)[Zippy]
Antoine Clamaran ft. Rashelle – Feel This Way (Etienne Ozborne Remix)[Zippy]
Cosmic Funk feat .Max’C – I’ll Never Stop (A.C.N. & Alexander Avilla Remix)[Zippy]
Cosmic Funk feat. Max’C – I’ll Never Stop (Fine Touch Remix)[Zippy]
Cosmic Funk feat. Max’C – I’ll Never Stop (Tony Jaguar Remix)[Zippy]
Craving & Howe – Heading Home (Club Mix)[Zippy]
Craving & Howe – Heading Home (Original Mix)[Zippy]
Laserkraft 3D – Musik (Disfunktion Remix)[Zippy]
Leventina – Right Or Wrong (Original Mix)[Zippy]
Louder Dale – Summer Is Here (Original Mix)[Zippy]
Luca Lombardi, Soulforge & Vitodito – Igualdad (Dave Cortex & Josh Harnois Remix)[Zippy]
Luca Lombardi, Soulforge & Vitodito – Igualdad (Original Mix)[Zippy]
Magnetic Brothers pres. Spatree – Behind The Sun (Original Mix)[Zippy]
Mantas – Spring Senses (Original Mix)[Zippy]
Marc Pease feat. Blue Pearl – Let You Go (Nash La’Salle Dub Mix)[Zippy]
Mario Larrea – Retreat (Original Mix)[Zippy]
Matthew Nagle – Spike (Original Mix)[Zippy]
Mell Tierra – NRG (Original Mix)[Zippy]
Melleefresh vs. Hoxton Whores – Let’s Get Dirty (Sick Individuals Mix)[Zippy]
Muttonheads feat. Eden Martin & Big Joe – All Night Long (Xantra Remix)[Zippy]
Muzikjunki – The Stars (Original Mix)[Zippy]
Q.U.A.K.E & DJ Ohso – Perfect Sense (Ben Coda & Ad Brown Remix)[Zippy]
Q.U.A.K.E & DJ Osho – Perfect Sense (Original Mix)[Zippy]
Q.U.A.K.E & DJ Osho – Perfect Sense (Riktam & Bansi Remix)[Zippy]
Roma Pafos – One Shot (Alex M.O.R.P.H. Dub Mix)[Zippy]
Roma Pafos – One Shot (Alex M.O.R.P.H. Remix)[Zippy]
Roma Pafos – One Shot (Slin Project Remix)[Zippy]
Ruben De Ronde – That One Word (Raneem Remix)[Zippy]

O Súbito Adeus da Máfia Sueca.


O trio Swedish House Mafia anunciou que se desfaz no fim deste ano. O projeto se despede após uma intensa e estrondosa trajetória de sucesso que deu novo gás à house music global.

Muita coisa mudou no universo da música eletrônica nos últimos cinco anos. Sem sombra de dúvidas, o mercado está maior, mais popular e bem mais forte. Neste contexto de transformação, trê
s nomes devem ser obrigatoriamente lembrados como determinantes para essa evolução: Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello, mundialmente conhecidos como Swedish House Mafia.

Extremamente controverso e intempestivo, esse trio nórdico elevou a música eletrônica a um outro nível. E, como não poderia deixar de ser, despertou discussões fervorosas nos quatro cantos do globo. Criticados pelos adeptos do underground e exaltados pela galera pop, eles conseguiram consolidar um sucesso e um alcance inquestionáveis.

Lançado oficialmente em 2008, o projeto pegou todo mundo de surpresa no último mês de junho, ao anunciar sua dissolução. De acordo com o comunicado divulgado em seu site, o Swedish House Mafia fará apenas mais algumas apresentações até o final do ano e se despedirá do público.

Sucinta e objetiva, a nota não revelou os motivos da separação: "hoje queremos dizer para vocês que a nossa atual turnê será a última. Agradecemos cada um de vocês que nos acompanhou nesta jornada. Nós viemos, festejamos e amamos".

Desde 2005, os três têm feito trabalhos em conjunto. Ora Axwell e Ingrosso, ora Angello e Axwell. Só dois anos mais tarde eles soltaram o primeiro single juntos, Get Dumb, que teve ainda a colaboração do também DJ e produtor Laidback Luke.

Os suecos se reuniram pela primeira vez em uma pizzaria da capital Estocolmo, o início da década passada. O elo do trio foi Sebastian Ingrosso, que era amigo de infância de Steve Angello e teve a iniciativa de apresentá-lo ao outro amigo, Axwell. Ali começava a trajetória do mais bem-sucedido projeto de house music da história.

A EXPLOSÃO DEONE

Apesar de terem feito duas produções juntos anteriormente, o primeiro single oficial com a assinatura Swedish House Mafia foi One, lançado em maio de 2010. A track alcançou a 7ª posição na UK Singles Chart. No mesmo ano saiu mais um, Miami 2 Ibiza, que ficou três posições acima no mesmo ranking.

O primeiro álbum saiu em outubro pela Virgin/EMI. Recheado com 24 tracks, Until One superou todas as expectativas (considerando-se que era um disco de estreia) e chegou à 2ª colocação no tradicional top semanal americano Heatseekers Albums Chart, publicado pela revista norte-americana Billboard. Daí em diante, os números grandiosos viraram rotina.

O trio explodiu. A chegada do novo single Save The World, em abril de 2011, colocou os caras nas rádios do mundo inteiro. O Swedish House Mafia se popularizou em larga escala e virou referência na dance music. O clipe de Save The World teve mais de 10 milhões de visualizações no YouTube em apenas 15 dias. Hoje já são quase 50 milhões, em apenas um dos milhares de vídeos da música à disposição na internet.

Embalados pelo sucesso, eles se apresentaram para uma multidão de 100 mil pessoas no Electric Daisy Carnival, em Las Vegas. A repercussão era tamanha que, meses depois, foram convidados para um grande show no lendário Madison Square Garden. Os 20 mil ingressos colocados à venda se esgotaram em menos de dez minutos.

Tanta popularidade era novidade no universo da música eletrônica. O segmento estava entrando num período de recuperação de espaço nas baladas e na mídia em geral. Espaço que nas décadas de 90 e parte da de 2000 havia sido dominado pelo pop e pela black music. Ao lado de alguns poucos nomes, como Tiësto e David Guetta, os integrantes do grupo alcançaram o status de superstars. Uma grande conquista, tratando-se do então inconstante mercado da house music.

E em suas trajetórias rumo ao topo, os suecos vivenciaram essa evolução de maneira muito nítida e consciente. "No início tocávamos em bares minúsculos. Apresentações de música eletrônica eram quase eventos secretos. Mas, com a popularização, passamos a encher estádios. Os artistas passaram a poder tocar até em Wembley", diz Angello.

Segundo o grupo, havia uma resistência grande ao estilo e o preconceito emperrava o desenvolvimento da e-music. "Ligavam esse tipo de música ao estereótipo das raves, gente usando drogas no meio da floresta e se comportando de maneira estranha", completa Axwell.

COMEÇO DO FIM

O trio alcançou um patamar de destaque absoluto na dance music. E talvez tenha sido esse o motivo da separação. Em entrevistas isoladas após o anúncio, eles indicaram que os objetivos do gru-po pareciam estar concretizados. O fim, portanto, soou como um novo horizonte para as carreiras individuais dos artistas.

"É muito fácil ficar satisfeito com a máquina que é o Swedish House Mafia. Sempre quisemos nos desafiar e fazer coisas inesperadas. Talvez seja a hora de fazermos coisas diferentes. Não queríamos nos repetir", afirmou Axwell.

Apesar da sensação de dever cumprido, eles deixaram no ar que ainda têm um último desejo. Em entrevista recente, Sebastian Ingrosso elogiou Paul McCartney. "Ele é a maior lenda musical viva do planeta". O sueco disse ainda que espera que um dia Swedish House Mafia e o ex-Beatle possam trabalhar juntos.

"O que os Beatles fizeram é simplesmente incrível, algo que mistura melancolia e alegria ao mesmo tempo. Costumo analisar bastante o cenário musical, e acredito que o que nós fazemos hoje é que o que eles fizeram no passado. Não importa que o que fazemos seja dance music", concluiu o DJ.

Na mesma entrevista, Ingrosso aproveitou para responder aos críticos que atacavam a performance do trio nas apresentações. A discussão surgiu após um vídeo se espalhar pela internet mostrando Steve Angello executando um set pré-gravado no Amsterdam's Dance Valley no ano passado. E para colocar mais combustível nesse incêndio, DeadMau5 fez declarações afirmando que uma boa parte dos DJs que são destaque hoje, "são meros apertadores de botão". O canadense inclusive apontou David Guetta e Skrillex como dois deles.

Mesmo não sendo mencionado, Sebastian Ingrosso não gostou nada das críticas e respondeu: "eu nunca vi a cabine do Deadmau5, por isso não posso dizer nada sobre o assunto. Ele é uma ótima pessoa e um produtor melhor ainda, mas se ele começar a falar esse tipo de coisa tudo fica diferente".

Quanto à polêmica do vídeo, ele preferiu desvalorizar os comentários depreciativos. "Nós temos inimigos e temos pessoas que nos amam. Eu tento me concentrar nas pessoas que me amam e não dou a mínima para o que as outras pessoas dizem", concluiu.

POLÊMICAS E MILHÕES

As polêmicas, por sinal, sempre foram uma marca do SHM, como se pôde notar. Mas isso não trouxe prejuízos à imagem deles. Nunca foram de evitar declarações fortes, muito menos seguiram a linha 'low profile'. De bate-bocas públicos com celebridades (como o de Steve Angello com Paris Hilton no WMC 2009) à clipes com cenas de nudez e violência (como em Antidote, por exemplo) eles atraíram milhões. De fãs e de dólares!

Segundo pesquisa divulgada pela revista Forbes, o Swedish House Mafia foi o terceiro nome da música eletrônica mundial que mais faturou no último ano. O trio embolsou nada menos do que US$ 14 milhões com suas gigs. Apresentações estas que têm sido disputadíssimas nos últimos meses por conta da divulgação do fim do projeto.

No início de julho, o show dos suecos em Dublin (Irlanda) reuniu um público de 45 mil espectadores e terminou em tragédia. Após uma briga, nove pessoas foram esfaqueadas e uma morta. Na semana seguinte, enquanto os artistas se apresentavam para 65 mil fãs na Inglaterra, uma nova confusão deixou três feridos.

Talvez os ânimos dos seguidores do trio nórdico estejam exaltados com o anúncio da separação. O sexto single dos caras, Don?t You Worry Child acabou de ser lançado - aparentemente, o último. Na agenda de apresentações, restam apenas duas datas confirmadas. A primeira no MGM Grand, em Las Vegas (21 de setembro), e a despedida em casa. Esse adeus definitivo aos fãs está marcado para o dia 14 de novembro em Solna, região metropolitana de Estocolmo.

O grupo indicou que em breve anunciará novidades, mas não se sabe se serão novas datas, músicas ou parcerias. Certo mesmo é que, apesar do fim do Swedish House Mafia, os amantes da dance music continuarão curtindo o bom trabalho dos três integrantes, agora em suas carreiras solo. A indústria da música eletrônica agradece.

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES

Rock in Rio Madrid (ESPANHA)
05/07/12 - 25 mil pessoas

Dublin (IRLANDA)
07/07/12 - 45 mil pessoas

Buckinghamshire (INGLATERRA)
14/07/12 - 65 mil pessoas

Tomorrowlands (BÉLGICA)
28/07/12 - 60 mil pessoas

DOCUMENTÁRIO

Em 2010, o dia-a-dia do trio mais famoso da música eletrônica mundial virou filme. A equipe do diretor sueco Christian Larson registrou a rotina do Swedish House Mafia durante dois anos. O documentário de 45 minutos é um ótimo retrato da relação de amizade entre Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello e dos bastidores de suas viagens e apresentações ao redor do planeta.
Para os amantes da house music, Take One é certamente um prato cheio. Muito bem editado, o filme exibiu os passos do trio ao longo de 253 festas, em 23 países diferentes. Ele mostra a vibe das gigs grandiosas, as discussões e os sarros habituais durante as produções - além de tudo mais que envolve o cotidiano de três grandes artistas da música.